sábado, janeiro 07, 2006

ELES É QUE A TÊM FÁCIL

Estou de visita ao Porto, a convite da Nocas, uma amiga minha que conheci há ano e meio em Carvalhais, em pleno Andanças, e já não via desde o Verão passado. Esta noite, juntamente com a minha querida prima Douradinha e a Ruiva, vamos dançar ao Cais de Gaia – que, segundo sei, são as Docas (de Alcântara) cá da Morconlândia. Sempre quero ver como são as betas tripeiras...

Mas isso é para mais daqui a bocado. Por agora, enquanto a Nocas e a Douradinha se preparam para a night Gaiense (ou será Gaieta? Ou talvez Gaiata?), eu converso no Messenger com a Miana, amiga da Nocas que também conheci na mesma ocasião. A Miana está actualmente a terminar o secundário nos E.U.A., mais precisamente em Michigan. Assim, como é natural, o teor da nossa conversa acaba por versar maioritariamente as suas experiências na terra do Tio Sam. E, apesar de desiludida, o que a menina tem para contar é deveras interessante. Ora escute, caro leitor:

“Tudo aquilo que se vê nos filmes americanos, os jocks e as cheerleaders, assim é a realidade,” afirma ela. “Tal e qual como nos filmes?” pergunto eu. “Sem tirar nem pôr.” E manda fotografias, a comprovar a veracidade das suas palavras. “Os rapazes são muita broncos! Para já, não sabem dançar” – aprovado, aprovado!, homem inteligente tem que saber dançar. “E depois são burros e só se interessam por armas e caça!” A minha prima estranha. Eu rio-me: “Esses gajos são mas é rednecks!” “Precisamente!” responde a Miana, “é isso mesmo que eles são: rednecks.” (A propósito, alguém viu o “Bowling for Columbine,” do Michael Moore? Ah pois é!)

Ao apreciar as fotos que a nossa amiga nos envia, a Douradinha salienta o contraste entre a sua indumentária e a das raparigas americanas: “Olha lá, Miana, és tu que és demasiado friorenta para esse clima ou são elas que têm os calores?!” “As americanas são umas badalhocas!” atira ela. E sucintamente explica como, em terras americanas, não há nada mais banal e disseminado que a prática da felação. Qualquer rapariga aos 11 anos já chupa como uma profissional de Monsanto. E, aos 13 anos, já oferece (todos) os seus favores em qualquer vão de escada. “O objectivo máximo de uma rapariga é arranjar um homem, por isso, dá-se logo toda, para que ele goste dela e não a deixe.” (Bom, e temos de confessar que existe um certo encanto neste American way...) Por uma questão de curiosidade, pergunto-lhe se, à semelhança da felação para os homens, também a cunilíngua para as senhoras é moda corrente. “Nem pensar! Aqui, os gajos não têm que fazer nada! Eles mandam e elas fazem tudo para os agradar!”

Caramba, o que é que um Jacaré como eu não faria numa terra destas! Conclusão: avaliando pelas fotos da minha amiga, as badalhocas camones são uns belos nacos – e se é verdade que todas elas começam a chupar aos 11 anos, isso significa que, no final do secundário, já têm cerca de 7 anos de experiência brochista! Bom, está decidido: vou mudar-me para a América! Agora já percebo porque lhe chamam “the Land of Opportunity”!