terça-feira, outubro 05, 2004

O MENINO JÁ DANÇA!

Após um interregno de um mês, volto a dançar. A minha amiga Vi está a organizar um pequeno espectáculo de dança para o próximo Sábado, na cidade do Porto, e pediu a minha participação no evento, juntamente com a minha amiga Porto e o meu amigo Flogger. Infelizmente, dada a minha condição física actual, sou forçado a declinar o convite (com grande pena minha, diga-se de passagem), mas ofereço os meus préstimos para a preparação do evento.

Assim, aproveitando a tarde de feriado, reunimo-nos na Sala de Condomínio do prédio da Porto e, do nada, pomos de pé uma exibição de Danças de Salão. Ao fim de quatro horas de trabalho esforçado, temos o espectáculo praticamente montado: “Depois, no dia da exibição, basta ensaiarmos um bocadito antes do espectáculo e isto fica um luxo,” diz o Flogger. Todos nós, que já temos algum calejamento a este nível, sabemos que ele está a ser demasiado optimista – daqui até Sábado, é mais que certo esquecermos as coreografias que alinhavámos hoje! Por essa razão, apontámos as sequências de passos das várias danças numa cábula, a que iremos recorrer constantemente no último ensaio. Mas ainda há pontas soltas que deixámos para resolver no dia aprazado, sem falar que o gajo que me vai substituir tem de ser instruído! É muita coisa para resolver encima da hora e muito me admirarei eu se isto não der merda!

Creio que o próprio Flogger está ciente do facto, mas a verdade é que isto não pode ser feito de outro modo – somos todos pessoas ocupadas (excepto eu, que actualmente estou de baixa e tenho passado os meus dias em casa) e torna-se impossível voltarmos a encontrar-nos durante esta semana para ensaiar. Portanto, é andar para a frente, fazer figas e confiar.

Seja como for, o problema é deles e não meu, que não vou participar na exibição. “Ai vais, vais,” diz-me a Vi, “Não há tempo para pôr o Rui ao corrente de tudo isto e, mesmo que houvesse, duvido que ele conseguisse assimilar tudo.” “Tu sabes como ele é distraído,” acrescenta a Porto, “não podemos confiar nele, especialmente tão em cima da hora. Sinto-me muito mais segura se fores tu. Tens de ser tu a dançar.” O Flogger corrobora: “E tu é que és o meu parceiro, pá! Lembras-te de Angola? Do Andanças? Tens de ir ao Porto! Vai ser só curtir!”

E, bem vistas as coisas, para quem já aguentou uma sessão intensiva de quatro horas a dançar, não é perante uma exibição de menos de meia hora que recua! Afinal, eu sinto-me bem – cansado, sim, mas sem dores. A minha clavícula não me incomoda nada e creio que já haja consolidação do osso – sexta-feira até já devo tirar o cruzado posterior. Não me parece, portanto, que me seja prejudicial.

Além disso, quem consegue resistir a um apelo destes bons amigos, que reclamam a minha presença não só como profissional, mas também como pessoa e amigo? Ah, um gajo até fica comovido, que diabo...

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