“LEVITY – REDENÇÃO”
Vou ao cinema com a minha amiga Salpico. Eu pago e ela escolhe o filme (para a próxima será ao contrário). E ela escolhe bem! Assistimos a “Levity – Redenção,” de Ed Solomon (argumentista e realizador. E também o argumentista dos filmes do Bill & Ted!!! Excellent!), com Billy Bob Thornton, Holly Hunter, Morgan Freeman e Kirsten Dunst. O filme já é do ano passado, mas só estreou agora em Portugal. Porque raio?...
Manual Jordan (Billy Bob) é um assassino que está preso há mais de vinte anos por um homicídio cometido na sua juventude. Graças ao seu bom comportamento, a sua pena é comutada e, para sua grande surpresa, ele é libertado. Perdido, e torturado pelos remorsos, ele procura Adele Easly (Holly Hunter), a irmã do rapaz por ele assassinado há vinte e três anos atrás, em busca de redenção. Entretanto, é contactado pelo pregador Miles Evans (Morgan Freeman), que lhe oferece emprego na Casa Comunal que ele dirige, onde permite que os jovens frequentadores de uma discoteca próxima estacionem os carros, a troco de 15 minutos de sermão. No decorrer do seu emprego, Manuel conhece Sofia Mellinger (Kirsten Dunst), uma das jovens frequentadoras da discoteca, que leva uma vida vazia e dissoluta, onde as pedradas são tantas que ela nem tem consciência de metade do que acontece na sua vida.
O filme retrata uma sociedade mais perdida que corrompida, onde ninguém é totalmente culpado ou inocente. Uma sociedade onde mesmo os assassinos têm consciência moral e social e onde, não obstante e independentemente das faltas cometidas, todos têm a capacidade (e oportunidade) para produzir algo de bom. E alcançar uma certa felicidade.
A transbordar de uma beleza fria e crua, é um filme pausado e introspectivo (sem, contudo, ser invasivo), que, deslizando numa cadência lenta, permite ao espectador uma profunda empatia com os sentimentos das personagens (magistralmente interpretadas pelo excelente naipe de actores). Posto desta maneira, o filme parece lamechas à brava, mas, trust me, não é. Nem sequer tem daquelas morais fáceis ou finais felizes irritantes que os américas têm muita mania de impingir a um gajo. A não perder. O Jacaré recomenda. Muito.
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