quinta-feira, julho 22, 2004

BENDITA GENÉTICA

Sou convidado por um bom amigo a ir jogar umas partidas de futebol com o seu grupo. Com a chegada do Estio, e o advir das férias de Verão, as pessoas procuram preencher o seu tempo livre com variadas actividades de lazer. Mas, enquanto uns preferem empregar o seu tempo livre a jogar umas partidas de futebol (como vários amigos meus ultimamente têm feito, cada vez com maior frequência, quiçá ainda entusiasmados com a febre futebolística do Euro 2004), outros (como eu) preferem empregar o seu tempo em outras coisas bem mais produtivas.

Como por exemplo nos vários cursos de Verão que tudo o que é escola de dança e associação artística em Lisboa realiza por esta altura do ano (numa tentativa de fazer frente à baixa afluência destes meses mortos). Tal como o futebol, é uma maneira de um gajo estar activo durante as férias, mas tem a vantagem de se aprender algo novo e, claro, de se conhecer gajas novas.

Há dois anos, fiz um workshop de Tango Argentino. No ano passado, fiz Iniciação ao Teatro, Massagem Chinesa e ainda Hip-Hop. E este ano resolvi apostar novamente no Hip-Hop, num workshop a decorrer actualmente na Escola Superior de Dança de Lisboa (Rua da Academia das Ciências, n.º 5). Afluência: elevada, cerca de 60 participantes. Factor gajas: esmagador – em 60 participantes, apenas 10 são do género masculino. Média etária: a rondar os 17 anos – welcome to pitas Heaven!

Sinto-me, por vezes, envergonhado por, ao contrário de todo e qualquer digno espécimen do género masculino, nunca na minha vida me ter interessado minimamente por futebol (apesar dos dois anos em que fui forçado a fazer parte da equipa de futebol da minha turma na faculdade porque me consideravam um bom guarda-redes). Contudo, quando me vejo completamente rodeado de meninas suadas, aos saltos em tops apertados, quer-me parecer que eu é que estou bem.

Bendita genética, que me criou com o gosto pela Dança e não pelo Futebol.

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