domingo, junho 27, 2004

FRAQUEZAS DO CORAÇÃO

Tenho uma bela amiga (antiga namorada) que, desde os seus treze anos de idade (há cerca de uma década atrás), sempre namorou. Com uma porradona de gajos diferentes, convém dizê-lo. Contudo, há uns tempos atrás, passou por um período um bocado difícil em que, por mais que tentasse, e apesar de ser uma rapariga bonita e muito charmosa, não conseguia arranjar namorado (coitadinha da menina! Tenho uma peninha dela que nem vos conto! O mundo, por vezes, é cruel!).

Como ela, nessa altura, confidenciasse muito comigo, assisti de perto ao caso. E sou testemunha de que, se a pobre rapariga não conseguia arranjar namorado, certamente não era por falta de tentar. Simplesmente andava num período negro. Só assim se explica o caso, pois a desditosa rapariga bem se esforçava por contrair namoro com tudo o que tivesse pila e respirasse.

E, efectivamente, pareciam ser essas as duas únicas condições que a menina exigia dos seus candidatos, pois nunca consegui destrinçar qualquer padrão nos seus interesses amorosos que indicasse que ela procurava algo específico. Bastava ao candidato atravessar-se-lhe no caminho e dar-lhe alguma atenção, que ela imediatamente estava rendida. Mas, por diversas razões, consoante os vários casos – e foram bastantes, let me tell you –, a coisa nunca pegava.

Nessa altura, tive a confirmação de algo que suspeitava há muito tempo: a grande maioria dos gajos é uma cambada de lorpas (ou deveria dizer homossexuais?...) incapazes. É esta a única explicação que encontro para o facto de nenhum daqueles bananas ter comido a gaja na altura. Quando uma rapariga bonita, charmosa e, acima de tudo, fácil se insinua a um gajo e ele não a come, ou o gajo é gay, ou é totalmente tapado. Enfim, também pode ser por falta de interesse (pois sim!), por estar comprometido (como se isso, por si só, fosse impedimento!) ou por uma questão de princípios (ha ha ha!), mas, believe you me, não era o caso de nenhum destes pobres trouxas.

Sem qualquer dúvida, o problema desta menina é falta de amor-próprio – como não tem suficiente amor por si mesma, procura suprir as suas carências afectivas procurando desesperadamente o amor dos outros. Mas isso não explica tudo – também eu, por exemplo, já sofri desse mal, porém, sempre fui muito exigente no tocante a raparigas. Este caso, meus amigos, é um perfeito exemplo de alguém que, para além da falta de amor-próprio, não sabe o que quer (so what else is new?) e se deixa conduzir livremente pelos caprichos do Coração. Como se pode facilmente perceber, esta combinação é uma das mais nefastas para o ser humano amoroso em potência.

O género feminino adora defender, prosaicamente, que não se pode ir contra os desejos do Coração, mas eu contraponho que, quando uma pessoa sofre de falta de auto-estima e não sabe o que quer (ou seja, a esmagadora maioria da gente que anda para aí!), é bom que se ponha um travão a esse inconsciente do Coração! Se não em consideração pelos sentimentos dos outros, pelo menos em atenção aos próprios sentimentos. Pela própria saúde.

E depois elas ainda se queixam dos homens, que são uma cambada de sacanas que só querem aproveitar-se delas, comê-las e largá-las. Têm razão, claro, mas, vendo as coisas pela perspectiva do Jacaré, respondam sinceramente, não acham que elas estão mesmo a pedi-las?...

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