sexta-feira, junho 11, 2004

SANTIAGO DE COMPOSTELA

Visito Santiago de Compostela, na companhia dos meus pais e tios, irmão e respectiva namorada. E a minha melhor amiga Evita. Não é a primeira vez que venho a Santiago – a última vez foi no ano de ’99 e, antes disso, em ’93. Ou seja, as minhas visitas a esta terra coincidem sempre com o Ano Jacobeu – o ano de peregrinação.

Não é que seja crente. Não. Vou apenas pelo passeio e o Jacobeu é uma razão tão boa como qualquer outra para um gajo passar um fim-de-semana prolongado fora com a família, em passeio. A propósito de família, os meus tios, sim, esses são crentes. E, claro, aproveitam a visita à catedral para cumprir os vários rituais da praxe: atravessar a porta que apaga os pecados cometidos e purifica a alma, tocar a coluna de pedra que o santo tocou (já gasta de tanta manápula lá esfregada), dar três marradinhas na sua estátua de pedra para lhe pedir sabedoria e abraçar o santo, beijar-lhe o manto e dar uma olhada no relicário onde descansam os seus restos mortais.

No meio de todas estas superstições dementes, vale a pena assistir à Missa do Peregrino. Ou melhor, vale a pena assistir aos últimos quinze minutos da missa, que o resto é a seca habitual – agravada pelo facto de ter de se permanecer de pé, pois a catedral está à cunha com peregrinos de mochila às costas (e a tresandar a catinga), turistas europeus, tiazorras de Cascais (que nem aqui um gajo escapa dessa gente!) e, pior de tudo, cotas crentes fervorosos que não respeitam nada nem ninguém (porque julgam que, lá por serem mais velhos que Matusalém, têm o direito de passar por cima de qualquer gajo). Pôrra, mil vezes a confusão do Rock in Rio! Os cotas é que não!

Seja como for, e como estava a dizer, vale a pena assistir aos últimos quinze minutos da missa, quando oito sacerdotes suspendem da cúpula central o botafumeiro (um gigantesco pote metálico que, tal como o nome indica, bota fumo), fazendo-o balançar ao longo de todo o comprimento do transepto da catedral. É espectáculo digno de se ver.

Dignas de ver são também as meninas espanholas. Meus amigos, vale a pena ir a Santiago de Compostela para isto! Que coisa linda! Não é que elas sejam mais bonitas que o nosso material nacional, o que acontece é que as meninas espanholas apostam forte na produção. E fazem-no desde tenra idade. Muito arranjadas, lá se passeiam elas pelas ruas, com generosos decotes, arrojadas mini-saias e muita pele à mostra (eu gosto é do Verão!). Muitas são pitas, é verdade, mas o que é belo é para se ver. E os olhos também comem. O Jacaré aconselha.

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