sábado, junho 05, 2004

ROCK IN RIO: METALLICA

Contrariamente ao resto das bandas, que tocaram à hora anunciada, os Metallica fazem-se esperar. Não é muito, mas o suficiente para deixar a assistência exasperada – depois de horas a berrar e a moshar, o cansaço é grande e não há paciência para atrasos.

Pouco depois da uma da manhã, finalmente, começam! E o concerto é um espectáculo! Esta banda já tem muitos anos de vida e os gajos são veteranos na lide! Para o povo lusitano, apresentam um concerto muito old school – é só som antigo! Dos álbuns mais recentes, tocam apenas “Frantic” e “St. Anger,” do álbum “St. Anger” e “Fuel,” de “Reload.” Do álbum “Load,” fica tudo de fora – nem o “Until It Sleeps” escapa. De resto, todos os hits estão lá: “One,” “Master Of Puppets,” “Welcome Home (Sanitarium),” “Creeping Death” e, claro, “Enter Sandman,” “Wherever I May Roam” e “Nothing Else Matters.” Destaque ainda para os inesperados “Blackened,” “Lepper Messiah,” “Harvester Of Sorrow,” “Sad But True” e “Hit The Lights” (o seu primeiro grande sucesso). A fechar, o grandioso “Seek And Destroy.”

Que noite do caraças! O público está em êxtase hipnótico. E o James é quem o comanda e incita. Contudo, esta assistência não precisa de grande estímulo – está ali para dar tudo o que tem para o espectáculo. E dá-o! Esta gente canta, dança, aplaude, berra e mosha como se fosse uma única entidade. Grandioso! É impressão minha, ou o James está emocionado?...

Passa das três e meia da manhã quando o espectáculo termina. Cansado, dorido e empoeirado, o público dispersa e prepara-se para o regresso a casa. Felizmente, o meu colega e eu estamos de carro, caso contrário, teria sido um regresso torturante. Mal me tenho em pé quando chego a casa. E, vá lá, mesmo assim, não estou tão mau quanto no Super Bock Super Rock de ’97, no Passeio Atlântico de Algés, quando os Rage Against The Machine cá estiveram (no maior mosh de toda a história musical de Portugal! Acreditem!). Nessa noite, cheguei a casa cinzento do pó. Até as pestanas estavam cinzentas! Quando tirei a roupa (com extremo cuidado), ela aguentava-se em pé. E ali a deixei, para os Apocalyptica, na noite seguinte.

Ah!, dias memoráveis! Vale bem a pena um gajo arrebentar-se todo para curtir em pleno!

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