sábado, junho 05, 2004

AI! UI! AU!

O Rock in Rio deixou-me todo partido. Estou rouco e dói-me a garganta, por causa do pó e porque andei a berrar até sangrar, e dói-me o corpo de tal maneira que parece que levei uma coça de meia-noite. Doem-me especialmente os trapézios, de abanar o capacete, e os braços, de tanto esmurrar o ar e saudar as bandas com o sinal da besta.

Mas eu também sou muita parvo! Quem manda um cota com a minha idade andar na moshalhada das seis da tarde até às quatro da manhã? E vá lá, que eu até tenho algum cuidado comigo e nem sou muito exagerado quando salto para o mosh! Creio que, comparado com o suicida do meu irmão, por exemplo, eu não passo de um menino de coro. Mas, ainda assim, “‘tou que nem posso!”

Se o meu estado presente vos servir de indicador da excelência do dia de ontem no Rock in Rio, meus amigos, deixem-me dizer-vos que só não estou em pior estado porque os Slipknot não tocaram “Left Behind” (que nunca esperei que deixassem de fora!), nem os Metallica tocaram “The Four Horsemen” (capricho meu, eu sei, mas teria sido bonito). Caso contrário, eu hoje não estaria aqui.

Apenas lamento não ter podido berrar a plenos pulmões (ou o máximo que a minha garganta dorida me permitisse) a letra de “Last Caress” (outra que os Metallica esqueceram...):

I’ve got something to say
I raped your mother today
Doesn’t matter much to me
As long as she’s spread

Ah, teria sido (ainda mais) delirante...

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