sexta-feira, maio 07, 2004

PARABÉNS A VOCÊ

Hoje comemora-se o aniversário de uma pessoa tão maravilhosa quanto extraordinária: eu mesmo! Nesta inesquecível data, agradeço desde já todos os votos de Feliz Aniversário por parte daqueles que se lembraram de tão especial ocasião – a vossa afeição e amizade são apreciadas e reconhecidas por este vosso grande amigo. Quanto aos que se esqueceram, não se preocupem com isso. Congratulem-me quando se lembrarem, que eu até gosto de receber votos de Parabéns atrasados – é sempre uma maneira de prolongar o aniversário. Por último, e em relação aos egoístas, que se esqueceram porque estão demasiado ocupados a pensar em si próprios e na sua vidinha e nunca se lembram de mais ninguém senão de si mesmos (sei bem quem vocês são!), vejam se crescem e se percebem que a Vida é muito mais que o cotão que guardam no umbigo. A continuar como estão, hão-de morrer amargos e sós. O Tempo encarregar-se-á de assim o cumprir.

E, a propósito de Tempo, estou a ficar velho! Mais um ano a juntar à conta de uma vida que já vai quase na trintena! Ou, numa perspectiva inversa, menos um ano. Menos um ano que me falta para o encontro derradeiro com o Criador. Em que, finalmente, irei ver desvendadas todas as minhas dúvidas existenciais. Contando, claro, que o Criador não seja uma espécie de Arquitecto a la Matrix, caso contrário, vou ficar a apanhar papéis com a sua verborreia complexa e hermética.

Mas, até lá, ainda espero andar por cá muitos mais anos. E porque não? Aqui ‘tá-se bem. E, ao contrário de muito boa gente por esse mundo fora, eu adoro fazer anos. Porque acredito que, cada ano, estou incomparavelmente melhor que no ano anterior. Como pessoa, como indivíduo, como ser humano. E, por isso, nunca senti quaisquer desejos de voltar atrás no tempo. Para quê? Para voltar a ser o mesmo adolescente feio, tímido e borbulhento? Ingénuo, iludido e inseguro? Constrangido, frustrado e revoltado? Não, obrigado!

É que nem sequer gostaria de voltar atrás no tempo e reviver a minha vida sabendo o que sei hoje – nesse caso, ainda acabava a comer menos gajas que originalmente! Porquê? Porque aquilo que me encantou nas raparigas que comi ao longo da minha vida, já não me diz nada actualmente. Se me interessei por elas na altura, foi porque era puto e não sabia bem o que queria. Voltando atrás na minha vida e sabendo o que sei hoje, não as voltava a comer! Livra! Além disso, há já muito tempo que me deixei de pitas; agora interesso-me por mulheres. E quem é que gostaria, já adulto e no seu perfeito juízo, de regressar atrás no tempo para voltar a aturar anos e anos de pitas frívolas e imaturas? É que nem o sexo vale a pena, com as dores de cabeça que dá!

Por isso, estou feliz, com os meus 28 anos acabados de completar! E, para comemorar o grande acontecimento, resolvi dar uma brutal festarola: a Festa do Jacaré – para ficar na História como a Mãe de todas as festas! Todos os meus amigos (sem distinção de género) estão desde já convidados! E os amigos dos meus amigos também! Os gajos trazem a bebida e as meninas a comida. Eu ofereço os preservativos e arranjo o local e vocês só precisam de aparecer. Mas, para evitar que isto se transforme na Festa da Mangueira, há que respeitar uma regra muito simples: a proporção de gajas para gajos tem necessariamente e a todo e qualquer momento de ser, pelo menos, de uma para cada um. Assim, no sentido de assegurar o cumprimento da regra, todos os gajos têm de trazer companhia feminina. Que tragam a namorada, a amiga, a prima ou a irmã. ‘Tou-me pouco lixando, tragam quem bem entenderem. Mas tragam!

Caramba!, se ela for gira e ainda estiver aí para as curvas, tragam a própria mãe! Com certeza se arranja quem não se importe de lhe fazer companhia pelo serão a dentro!... Nhac-nhac!

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