segunda-feira, abril 05, 2004

NIRVANA

Kurt Cobain, falecido vocalista e mentor dos Nirvana, comemora hoje o décimo aniversário desde que decidiu enfiar uma bala nos miolos e acabar com a sua miséria.

Sempre me enjoou o fanatismo gerado à volta dos Nirvana e do Kurt, após a morte deste. Quando o gajo ainda era vivo, confesso que não via assim tanto pessoal a curtir Nirvana. Gostava-se, sim, mas, para a maior parte da gente, Nirvana equivalia a barulho e destruição em palco (e do palco). No entanto, depois que o gajo decidiu bater a bota, apareceu um monte inconcebível de gente muito afectada, triste e pesarosa por tão grande músico ter desaparecido da face da Terra. Desconfiado, adoptei por sistema perguntar a todo o idiota que me vinha dizer que curtia Nirvana qual era o álbum que mais gostava. Resposta invariável: “Unplugged In New York.”

Cambada de betos ignorantes e otários! O “Unplugged” não é Nirvana! Nirvana é muito mais que essa merda asséptica! Nirvana é barulho e destruição e sujidade! E não limpinho e bonito e arranjadinho, como a porcaria do “Unplugged,” sua corja de mariconços!

Sempre gostei de Nirvana. Ainda gosto. Mas nunca engoli o “Unplugged.” Porque não tem nada a ver com os Nirvana puros e duros que um gajo ouve nos álbuns “Bleach,” “Nevermind,” “Incesticide” e “In Utero.” Qualquer palerma que me diga que prefere o “Unplugged,” não passa de um beto nojento, mariquinhas e hipócrita, que decidiu ir na onda, porque Nirvana era o que, na altura, estava na moda.

Actualmente já não se ouve muito, mas Nirvana continua a ser sempre Nirvana. E, independentemente de já ter passado uma década desde que o gajo se suicidou, a sua música continua viva e o tempo não apagou temas como “Smells Like Teen Spirit,” “Come As You Are,” “Lithium,” “Polly,” “Dive,” “Sliver,” “About A Girl,” “Heart-Shaped Box”, “Dumb” ou “Rape Me.” Por isso (mas sem querer entrar numa onda revivalista ou saudosista), aconselho: curtam Nirvana!

Mas Nirvana a sério.

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