sábado, abril 03, 2004

KAME HAME HAAAAA

Completei hoje o 1.º Nível do sistema Essential Reiki. Para quem não sabe, o reiki é um milenar sistema japonês de cura por transmissão de energia. Pelas mãos. Estilo “Dragon Ball.” Só que um gajo não vê as manifestações de energia em forma de coloridas bolas de luz, nem precisa gritar “kame hame ha” para aquilo funcionar. E, obviamente, esta energia não serve para arrasar planetas inteiros, mas sim para curar.

Se funciona? Segundo as opiniões das senhoras que também participaram no curso – tudo mães de família, que até arrastaram consigo os próprios filhos, para que lhes fosse ministrada a ciência –, não só funciona, como é também a maior maravilha do mundo! De acordo com as suas experiências pessoais, o reiki serve para tudo: para curar, para harmonizar, para regular, para recarregar. E é tão bom para as pessoas, como também para os animais, para as plantas e até para as pilhas e baterias de telemóvel e automóvel!

Se eu acredito? Bom... Confesso que fiquei farto de ouvir todas aquelas senhoras falar de maneira tão fervorosa sobre o assunto. A dada altura, senti-me como se estivesse num daqueles programas de televendas, em que pessoas (supostamente) imparciais são convertidas in situ para levar o incauto telespectador a acreditar que o produto que vendem é nada menos que a Invenção do Milénio. Perante aquela situação, e toda esta idolatria colectiva, tornou-se impossível para mim levar a coisa (muito) a sério. “Se usarem reiki numa ferida aberta,” dizia a Mestra, “o sangue estanca!” No shit?! Suponho, então, que as plaquetas já não me sirvam p’a nada!

... Estou a ser mauzinho. Se calhar, a Mestra referia-se a membros decepados ou outras situações mais gore (género “Happy Tree Friends”), em que não há plaquetas que resistam e só o reiki pode ajudar a manter o sangue dentro do corpo... Okay, agora é que eu estou a ser mauzinho! Sim, porque, para dizer a verdade, eu até acredito no reiki. Nem o posso evitar, pois, não obstante todo o cepticismo inicial, já tive oportunidade de o ver funcionar no meu próprio corpo quando, há quase um ano atrás, arranjei uma calcificação num tendão do ombro direito que, de tantas dores, nem me deixava pensar! E foi uma amiga que me aliviou. Com reiki.

Por isso, e não obstante todos os irritantes fanatismos, acredito. Sobretudo porque, acima de tudo, acredito no poder da força de vontade e da força do pensamento. E, por último, porque sempre gostei do “Dragon Ball.” Só é pena o reiki não permitir a um gajo voar...

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