sábado, julho 08, 2006

ALL ABOUT MATIE

Estou no Ateneu Comercial de Lisboa, a participar no Dia Tropical. Durante toda a tarde decorrem diversos workshops de dança, desde a Salsa ao Forró, passando pelas Danças Africanas, e eu cá estou, a abrir o apetite para o Andanças 2006, já a apenas 23 dias de distância (ah, que ansiedade!). Contudo, este Dia Tropical está a ter pouca adesão – apesar de, felizmente, haver mais gajas que gajos – e, assim, o evento acaba por adquirir um tom mais familiar. O meu amigo Doctor FX também respondeu à chamada e trouxe consigo a sua amiga Luluzinha. Eu convidei a Matie, que está interessada em conhecer o mundo da Dança. E eu em dar-lho a conhecer.

Durante o workshop de Funaná, ministrado pelo Cazuza, o Doctor FX aproveita para me agradecer por ter levado a Matie, dando-me um vigoroso aperto de mão: “Ela é uma rapariga mesmo muito interessante!” Eu sorrio. Confesso que já esperava uma reacção destas da sua parte. Há cerca de dois meses, por ocasião do seu (muito bem frequentado) jantar de aniversário, eu congratulei-o a ele pela sua cada vez mais invejável selecção de amigas, pelo que ele se mostrou muito lisonjeado. Ora, eu sabia que o gajo havia de querer retribuir o cumprimento – e ele sabia bem que oportunidades não lhe iam faltar para o fazer. O que certamente não esperava é que eu lhe desse uma razão tão forte. E o gajo logo se aviou, puxando-a para dançar sempre que eu a largava, prodigalizando elogios, e sacando-lhe os contactos, na perspectiva de combinar programas futuros.

Faz hoje precisamente três meses que eu conheci a Matie, no jantar de aniversário do meu amigo jOhn. Ela apareceu na companhia do primo do jOhn, o namorado (que, entretanto, já ardeu), e a beleza exuberante da sua juba leonina e dos seus serenos olhos verdes imediatamente atraiu a atenção de todos os gajos presentes. Curiosamente, foi comigo que ela passou grande parte dessa noite (se não toda) à conversa – apesar de eu não merecer qualquer mérito pelo sucedido. Beneficiei apenas da inesperada coincidência da doce menina gostar de desenhar e partilhar comigo a paixão pela Ilustração e pela Banda Desenhada. Algo que, convenhamos, é altamente incomum no género feminino. Com o decorrer dessa conversa, descobrimos outras coincidências ainda mais espantosas, como o facto de sermos praticamente vizinhos e termos frequentado a mesma escola secundária, separados por apenas um ano de idade. Como é natural, logo trocámos contactos e, desde então, temos mantido uma relação de crescente proximidade.

Se o meu grande amigo Doctor FX tivesse tido a preocupação de se informar minimamente sobre isto (e bastava ter-me perguntado), provavelmente teria pensado duas vezes antes de se atirar à miúda à campeão. Don’t get me wrong, não é que me sinta ameaçado por ele. Não sinto. Na verdade, dá-me até um certo orgulho vê-lo actualmente tão desenrascado com as mulheres e saber que eu o influenciei nesse campo. E tão-pouco me sinto traído. De facto, o homem age tão abertamente que mui dificilmente poderia entrever aqui uma tentativa para me prejudicar ou passar a perna. Não, não o acho sacana. Mas acho-o, isso sim, burro. Por ter fechado os olhos à óbvia constatação que eu estou no lance há mais tempo e que, dadas as circunstâncias, o gajo não tem grandes hipóteses. E é duplamente burro, porque devia ter aprendido essa lição à primeira.

O que vale é que somos amigos e eu sei que esta é – e sempre foi – a sua maneira de ser. Eu poderia até explicar-lhe que a Matie está na minha onda e poupar-lhe alguns dissabores futuros. Mas não me apetece. Não sou assim tão compreensivo. E ele precisa de mais umas cabeçadas para aprender. De vez. Além disso, quem sou eu para dizer que o pobre rapaz não tem hipóteses? “Enquanto há vida, há esperança,” certo? Por isso, bring it on! And may the best man win.

2 Comentário(s):

A domingo, 01 outubro, 2006, Blogger matie comentou:

you're all about me!
Anyway: Mais tarde o Doctor FX la percebeu que andava a sondar terrenho mais do que lavrado!
Bejufa pa ti fofuxo

 
A quarta-feira, 04 outubro, 2006, Anonymous Anónimo comentou:

O meu aniversario foi uma charneira importante. Quem diria que, na primeira festa que organizei na minha vida, se pronunciavam tais acontecimentos?... Lembro-me do pessoal ter notado na matie, principalmente o Pires e o Vitor, que ainda deram motivo de conversa umas semanas depois...
Abraço

 

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